20 outubro 2023

Música de Fundo na Pregação: Uma Avaliação Teológica (*)

Nosso objetivo com este Blog é tratar dos assuntos que envolvem o Ministério Pastoral em todas as suas áreas. Li com prazer este estudo sobre um assunto que tem sido introduzido em algumas igrejas de forma sutil. Este modismo vem dos movimentos neopentecostais dos EUA e, tem alcançado algumas igrejas pelo Brasil. Há muitos outros modismos rondando os arraiais eclesiásticos, porém este assunto implica na introdução de algo que pode ser considerado perigoso e prejudicial para os crentes e ouvintes da pregação da Palavra de Deus.

Li o artigo do Bispo Ildo Mello, muito bem fundamentado e analisado com esmero em seu perfil no Facebook. Solicitei sua autorização, que prontamente concedeu-me o privilégio de publicá-lo neste Blog que há muito tempo não recebia um artigo de peso direcionado especialmente para Pastores que amam apascentar o Rebanho de Cristo. Agradeço ao Bispo Ildo por sua gentileza. Leia com atenção. Boa leitura!    Pastor Caleb 

"Na busca pela edificação espiritual, é essencial que examinemos as práticas que se tornam comuns nas igrejas. Uma das tendências recentes que merece nossa atenção é a inclusão de música de fundo durante a pregação. Enquanto alguns veem isso como uma forma de criar uma atmosfera espiritual, é importante questionar se essa prática está alinhada com as Escrituras e a mensagem que buscamos transmitir.

1. A Base Bíblica da Música na Pregação 📖

É notável que a Bíblia não endosse a prática de ter música de fundo durante a pregação. Algumas pessoas podem citar o exemplo de Eliseu em 2 Reis 3.15, onde um músico foi chamado antes de ele profetizar. No entanto, é importante notar que esse episódio não estabelece um precedente para a pregação nas igrejas. Esse contexto é específico e não se refere à prática regular da pregação na adoração corporativa. Em vez disso, ele lida com uma situação única em que os reis procuravam orientação divina.

Além disso, ao examinar os relatos das pregações dos apóstolos em Atos e outras partes das Escrituras, não encontramos menção à necessidade de um músico durante a exposição da Palavra de Deus. A pregação nos tempos bíblicos e nas igrejas primitivas estava focada principalmente na proclamação das Escrituras e na explicação das verdades divinas, sem a inclusão de música de fundo.

Portanto, a ausência de exemplos ou orientações claras nas Escrituras sobre o uso de música de fundo na pregação levanta questões sobre a base bíblica dessa prática e incentiva uma reflexão cuidadosa sobre seu papel na adoração e pregação contemporâneas.

2. A Centralidade das Escrituras 📜

Devemos lembrar que nossa orientação principal deve ser as Escrituras, não nossas preferências pessoais. O fato de alguém gostar da música de fundo não a torna uma prática bíblica. Devemos sempre buscar aderir à Palavra de Deus em nossos cultos e na pregação, colocando-a como nossa principal fonte de orientação.

3. O Risco da Manipulação 🤔

Outra preocupação que surge com o uso de música de fundo na pregação é o potencial de manipulação. A música, especialmente quando tocada em tons menores, pode afetar as emoções das pessoas, tornando-as mais suscetíveis a aceitar as mensagens sem questionar. Isso pode levar a uma forma de "hipnose coletiva", onde ideias que não estão alinhadas com as Escrituras são introduzidas.

4. O Perigo da Distração 🙅‍♂️

A inclusão de música de fundo na pregação também pode criar distração. Enquanto a intenção pode ser criar uma atmosfera espiritual, muitas vezes a presença de música pode desviar a atenção dos ouvintes da mensagem central. Os crentes podem ficar tão envolvidos na música que perdem parte do conteúdo da pregação, resultando em uma experiência espiritual superficial.

A presença de música de fundo, especialmente se não estiver alinhada com a mensagem ou se for muito dominante, pode distrair o pregador, tornando mais difícil para ele manter o foco e transmitir a mensagem com clareza. Essa perturbação pode afetar a qualidade e a eficácia da pregação, minando a conexão entre o pregador e a congregação.

Além disso, é importante destacar que o músico, em sua imersão na melodia que toca durante a pregação, pode também ser inadvertidamente distraído, não conseguindo dedicar a devida atenção à mensagem.

5. A Diversidade da Congregação 🌍

Cada congregação é composta por pessoas com diferentes bagagens culturais, preferências musicais e sensibilidades. O que pode ser espiritualmente edificante para alguns pode ser perturbador ou irrelevante para outros.

✨Em última análise, o uso de música de fundo na pregação deve ser cuidadosamente considerado à luz das Escrituras, da diversidade da congregação e do potencial impacto na compreensão e na edificação espiritual. A busca por uma compreensão mais profunda das verdades bíblicas deve sempre ser o objetivo central da pregação, e qualquer elemento que não contribua para esse propósito deve ser examinado criticamente.

No serviço ao Senhor e Sua Igreja,
Bispo Ildo Mello

Rev. Ildo Mello é Bispo da Igreja Metodista Livre do Brasil.

(*) Publicado com a devida autorização do autor.

06 outubro 2019

NÃO SER PASTOR SERIA MUITO MAIS FÁCIL

Seria mais fácil ter uma rotina menos puxada.
Seria mais fácil ter mais tempo pra mim, pra minha família, pra viajar, curtir, fazer as minhas vontades.
Seria mais fácil não precisar estar metido em conflitos de relacionamentos amorosos, familiares e tantos outros que nos chamam para mediar.
Seria mais fácil não precisar ouvir tantas críticas. E mais fácil ainda não precisar dar a vida por algumas ovelhas que em forma de agradecimento jogam no lixo tudo que você ensinou e devolvem com críticas e palavras duras que você sabe que nunca precisaria ouvir se não tivesse escolhido essa dura e por vezes ingrata vocação.
Seria mais fácil não precisar tomar cuidado com cada palavra dita, cada foto postada, cada atitude.
Seria mais fácil não ter tanta visibilidade e não precisar pensar até antes de respirar.
Seria mais fácil não ouvir a dor do outro, até porque aqui dentro já tem outro ser humano com dores suficientes falando alto.
Seria mais fácil não precisar lidar com a ingratidão de tantos que você amou, orou, aconselhou e nem se quer consideraram que foram servidos gratuitamente todo esse tempo.
Seria mais fácil ter horário de trabalho delimitado, chegar em casa e poder desligar o telefone tranquilo, sem a preocupação de receber um áudio de 5 minutos de alguém chorando e pedindo ajuda.
Seria mais fácil poder viajar de férias por um longo período de tempo, sem precisar conviver com uma constante pressão interior, mais conhecida como uma preocupação sincera com a igreja e cada ovelha.
Seria mais fácil não precisar contribuir financeiramente na igreja e gastar meu dinheiro com coisas que fizessem bem somente pra mim.
Seria mais fácil não precisar medir as consequências e fazer o que der na telha por livre e espontânea vontade.
Seria mais fácil não viver uma vida de sacrifícios, embalada por lágrimas e um genuíno esforço para negar cada pecado que insiste em bater na porta.
Seria mais fácil pensar só em mim e ter como referência alguém que não se esvaziou da sua glória para morrer numa cruz.
Seria mais fácil, mas, sem dúvida, menos *gratificante, nobre, digno e especial*.
*Um dia todos juntos cantaremos que valeu a pena cada lágrima e gota de suor derramados em prol da edificação do Reino de Deus nessa terra.*

Seria mais fácil, mas só SERIA  ...porque desse chamado eu não largo mão até o fim dessa vida...
por Fabrízio Salabai
(Copiado do perfil do Rev Carlos Barbosa)

02 junho 2018

Alerta à liderança das Igrejas !

Atenção Pastores e Liderança de Igrejas Evangélicas, Cuidado!

Existe há alguns anos alguns grupos de indivíduos que "se passam" por "Pastores bem Sucedidos" que oferecem "Serviços de Assessoria" às diretorias/conselhos de Igrejas.

Notem: Se os tais fossem de fato, bem sucedidos, estariam liderando alguma igreja exemplar... Mas, geralmente não lideram grupo algum e saem pelo Brasil oferecendo seus préstimos baseados em puro preconceito e fórmulas copiadas de alguns manuais de outros autores de livros sobre Crescimento de Igrejas e Transição Pastoral.

Tive um contato com este tipo de gente, alheio à minha vontade. Os tais eram do norte do Estado do Paraná, e já possuíam idéias preconcebidas sobre minha pessoa.

Um deles pertencia à antiga denominação da qual eu havia saído e é "seguidor" do individuo que menciono em meu Blog no final deste texto.

Você poderá dizer: Poxa pastor, você não perdoou?

Respondo: Por quê perdoar agentes de satanás? Não foi assim que o apóstolo (verdadeiro) Paulo com relação aos seus opositores Janes e Jambres?

Quem julgará os agentes das trevas será Jesus em sua vinda. A mim compete alertar.

Leia meu Blog para saber de onde partia o preconceito dos indivíduos. 
Especificamente esta publicação:
http://calebcastellani.blogspot.com.br/2008/05/por-qu-alguns-pastores-no-se-renem-com.html?m=1

Rev. Caleb Castellani

https://www.facebook.com/Pastor.CalebCastellani

01 outubro 2016

Epidemia: Pastor se esgota e se demite no domingo passado

A dor de um pastor é intensificada debaixo de impiedosos holofotes, enquanto a dor de outro é desconhecida. Ambas doem igualmente. Não fica mais fácil. Não importa quantas vezes você ouça sobre isso. E estamos ouvindo muito sobre isso ultimamente. Em números epidêmicos.

Outro pastor anunciou à sua chocada congregação que ele não podia mais. Ele os amava. Ele estava orgulhoso do trabalho do Reino que haviam feito juntos por anos. Mas suas prioridades estavam desajustadas. Ele havia posto todo seu tempo e energia na igreja e havia negligenciado sua própria saúde espiritual e emocional. Ele pediu à congregação que orasse por ele e sua família enquanto enfrentavam a próxima fase difícil de suas vidas – sem saber o que esta fase traria. Então ele reuniu a congregação de 20 pessoas na frente da igreja para orarem juntos uma última vez. Ele por eles. Eles por ele e sua família. Oraram, abraçaram, choraram e disseram adeus.

Enquanto escrevo esse artigo, aquele pastor está encaixotando seus pertences numa van para se mudar da pequena cidade que eles chamaram de lar por mais de uma década. Por agora, eles vão viver com os pais da esposa para se recuperarem.


Muitos pastores esgotados


Infelizmente, aquele pastor não foi o único a ter uma história dessas no último domingo. Aconteceu com centenas. Este ano, milhares vão deixar o ministério, esgotados e machucados. De igrejas grandes e pequenas, em crescimento e estagnadas. Ouvimos quando os pastores famosos desistem ou se esgotam. É o preço da fama. E é muito alto. Tanto o sucesso quanto as falhas são ampliadas. Mas um preço diferente é pago por aqueles que não são conhecidos fora de suas famílias e pequena congregação.

Enquanto os sucessos e dores de pastores conhecidos são destacados, os sucessos e dores de pastores de igrejas pequenas são ignoradas e esquecidas. Ambos são igualmente machucados. Ambos carregam o peso dos problemas que os levaram a deixar a igreja, e frequentemente o ministério. A dor do pastor da megaigreja é intensificada por falhar debaixo das luzes da ribalta, enquanto que a dor do outro é aumentada por cair no anonimato. Esquecido por quase todos. Ambos os cenários são tóxicos. Eles entristecem o coração de Jesus, prejudicam Sua igreja, devastam com as famílias dos pastores, arruínam ministérios e tornam difícil aos membros da igreja confiar num pastor novamente - ou confiar em Deus novamente.


Mudar o paradigma de sucesso da igreja


Não precisa se desse jeito. Não deveria ser desse jeito. Precisamos abandonar as expectativas não bíblicas que foram colocadas nos ombros dos pastores. Ou que nós próprios colocamos nos nossos ombros. Pastores nunca foram destinados a carregar esse fardo tão grande. Nenhuma pessoa é capaz de ser pregador, professor, “lançador de visão”, CEO, líder, evangelista, ganhador de almas, angariador de recursos, conselheiro matrimonial, e todo esse modelo de virtude que esperamos que os pastores sejam – muitos deles enquanto trabalham a tempo inteiro fora das paredes da igreja. Mas tem sido assim por tantos anos que às vezes parece uma locomotiva sem freio que não pode ser parada. Precisa ser parada.


Redefinindo o sucesso no ministério


Ninguém pode parar essa locomotiva a não ser nós, pastores. Precisamos dizer “não”. Para alguns de nós, isso significa dizer não às expectativas irracionais dos nossos membros, diáconos e oficiais da denominação. Mas para todos nós significa dizer não às nossas próprias expectativas não bíblicas. Dizer não a um paradigma que nós construímos e perpetuamos em volta de uma combinação dos nossos egos e inseguranças. Nós não somos os construtores da igreja, Jesus é. Não somos capazes de nos matarmos de trabalhar emocionalmente e espiritualmente sem que alguma coisa quebre dentro de nós. Não podemos continuar nos forçando fisicamente com poucas horas de sono, muita comida e pouca atividade física. Não podemos continuar negligenciando nossas esposas e famílias enquanto queimamos a vela dos dois lados e não esperar que todo mundo – nossas famílias, igrejas e nós mesmos – pague um enorme preço por isso. Precisamos redefinir com que o sucesso ministerial se parece, porque muitas pessoas boas estão sendo machucadas enquanto perseguimos nossa atual e insuportável versão de sucesso.


Orem uns pelos outros


Faça uma pausa hoje. Respire. E ore. Ore pelos pastores feridos, conhecidos e desconhecidos, que deixaram uma igreja que eles amavam – e talvez ainda amem. Ore pelos pastores famosos sofrendo debaixo da insuportável luz da ribalta. Ore pelos pastores desconhecidos que se sentem perdidos e esquecidos. Ore pelas famílias que suportaram anos de dor em silêncio, e que agora têm suportado ainda mais. Ore pelos membros da igreja que não sabem se se sentem bravos, tristes ou outra coisa. Ore para que o Deus que prometeu que Seu jugo era suave e o seu fardo leve, alivie os fardos mais pesados que nós colocamos sobre nossos próprios ombros. E que troque por Sua paz, Seu conforto e Sua esperança."


Karl Vaters - Christianity Today
Extraído de http://www.christianitytoday.com/karl-vaters/2016/september/epidemic-another-pastor-burned-out-and-quit-last-sunday.html
via Estudantes de Teologia - http://doutrinacalvinista.blogspot.com.br

14 julho 2015

Sou um péssimo pastor.

Desculpe-me, mas sou um péssimo pastor…

…porque eu não vou mudar a minha entonação de voz para que você sinta segurança, achando que tenho alguma autoridade, quando eu falar;

…porque eu não vou pensar por você para facilitar sua jornada espiritual;

…porque eu não vou falar mais alto do que você precisa para ouvir;

…porque eu não vou lhe ensinar a determinar ou dar ordens ao Pai, como um filho mimado o faz;

…porque eu não lhe dizer que você é um vencedor quando a sua espiritualidade está falida;

…porque eu não vou lhe ensinar a temer a Deus mais do que a amá-lo;

…porque eu não lhe direi que você é especial simplesmente por estar frequentando a Igreja que sou pastor;

…porque eu não alimentarei o seu ego pregando somente as coisas que você gosta de ouvir;

…porque eu não lhe ensinarei a ser próspero a qualquer custo enquanto o mundo morre de fome;

…porque eu não lhe ensinarei a mover as mãos de Deus através de uma oferta sacrificial;

…porque eu não lhe direi que Deus me revelou algo que não está no texto, somente para fazer a mensagem melhor para você;

…porque eu não lhe direi que você não pode beber, ouvir músicas que não tocam na Igreja somente para facilitar o meu pastoreio;

…porque eu não vou lhe ensinar que a igreja de quatro paredes é a casa de Deus;

…porque eu não vou lhe ensinar que se você entregar o dízimo sua responsabilidade com os necessitados estará cumprida;

…porque eu não vou transformar a reunião do culto numa rave (ou show de rock) para que você fique atraído pelo ambiente;

…porque eu não vou lhe ensinar a marchar por Jesus, enquanto Ele quer que marchemos pelo próximo;

…porque eu não lhe darei uma lista do que pode ou do que não pode para você farisaicamente siga um mandamento no lugar de um Deus;

…porque eu não lhe ensinarei que há um Diabo maior do que a Bíblia conta somente para você poder colocar em alguém a sua culpa;

…porque eu não lhe ocultarei os meus erros para você pensar que é liderado por alguém melhor que você;

…porque eu não vou falar em nenhuma outra língua além da que você consegue compreender;

…porque eu não lhe tratarei melhor por causa do carro que você tem, da roupa que você veste ou do dinheiro que você põe no gazofilácio.

Dentre muitas outras coisas que poderia dizer: fique certo: sou um péssimo pastor.


Autor: Pr. Felipe Costa
(Publicado com a autorização do autor) Acrescentei algumas adaptações. Pastor Caleb.

26 setembro 2014

A Solidão é inimiga do Pastor

Uma cultura doentia das igrejas. 

Ontem a notícia de um possível suicídio de um colega de ministério me levou a refletir bastante sobre tudo o que envolve o ministério pastoral. O privilégio, as oportunidades, as alegrias e as bênçãos, mas também me fez pensar bastante nos desafios e dificuldades inerentes a este chamado.


Pensei nesses desafios entristecido por perceber que muitos deles poderiam ser minimizados ou até mesmo inexistentes se alguns aspectos da cultura que rege o ministério pastoral fossem transformados ou abandonados.


Infelizmente a cultura é pensar que o pastor não pode ter amigos, que os relacionamentos dele na igreja devem ser todos iguais, que ele não pode ter pessoas dentro da igreja com quem ele possua mais afinidade e liberdade para se abrir, aliás se abrir e falar sobre seus pecados e fraquezas é algo que também não é admitido nesta posição, o pastor precisa passar a ideia de que ele está em uma posição superior e se ele ousar buscar ajuda, compartilhar pecados e/ou fraquezas ele corre um grande risco de ter tudo o que ele disse sendo usado, às vezes de maneira maldosa, contra ele.


Pouco tempo atrás ouvi de um candidato ao ministério que ele havia sido alertado por pastores e professores de seminário que a vida pastoral é necessariamente uma vida de isolamento e que ele e sua esposa não poderiam gozar de amizades sinceras e prazerosas na comunidade em que estivessem servindo. Esta é a cultura imposta em muitas igrejas, e que se alastra, à medida que seminaristas já saem do seminário alertados e com medo de tentar fazer algo diferente.

Isso leva muitas esposas de pastores a terem que conviver com dois maridos, o homem perfeito que pastoreia a igreja, e o real com quem ela convive diariamente, isso é terrível.

Este é apenas um aspecto da triste cultura que se instalou em muitas igrejas, eu poderia citar ainda o fato de muitos pastores não serem pastoreados, de muitas esposas de pastores serem pressionadas a servir na igreja como se trabalhassem em tempo integral na mesma, poderia citar os salários extremamente baixos que a esmagadora maioria dos pastores recebe e a visão de muitas igrejas de que o pastor está no ministério e por isso pode sofrer e não deve nunca poder dizer não aos caprichos dos membros.


Queridos, essa cultura precisa mudar. Membros de igreja precisam se arrepender da expectativa irreal que colocam sobre seus pastores, precisam amá-los de fato proporcionando aos seus pastores oportunidades reais de descanso, treinamento, capacitação, sustento e aconselhamento. E nós pastores também precisamos nos arrepender e buscar ajuda, quando a vontade de sair correndo vier, precisamos correr para Cristo e para amigos que possam nos aconselhar, exortar e encorajar. A Bíblia nos ensina que "Aquele que se isola busca interesses egoístas e se rebelou contra a sensatez", isso incluí a todos nós pastores que nos isolamos e vivemos como se não precisássemos de mais ninguém.


Deixo para todos nós a recomendação do livro do Paul Tripp "Chamado Perigoso", e aqui vai um dos muitos trechos deste livro que ainda tem me feito pensar e repensar posturas e ações:


"Pastor, você tem dito para você mesmo que está tudo certo, que é parte do seu chamado viver em isolamento? Quem te conhece bem o suficiente para te falar a verdade quando você precisa ouví-la? Quem trabalha para te proteger de você? Quão acurada é a visão do corpo de Cristo quanto a quem você realmente é? A cultura da sua igreja te deixa confortável para confessar seus pecados? Você tem medo de se abrir em ambientes de ministério? Sua esposa vive com a dor das diferenças entre o homem público e o privado?"

Que Deus nos dê graça!

por Pr. Felipe Niel


Publicado com a autorização do autor

21 agosto 2013

Pastor: Chorai com os que choram.

Como Pastor, já assisti a muita gente a chorar. E, constato que há vários tipos de choro:

1. O choro, de quem perde um ente querido (pais, filhos, avós, cônjuge...) e que é angustiante. Eu acabo de ter um destes tipos de choro. É inexplicável...a dor!

2. O choro, de quem acaba de perder o emprego ou entrar em falência com o seu negócio, ou seja, o seu sustento, e agora se sente desamparado. É arrasador!

3. O choro, de quem acaba de receber por parte do médico(a), o diagnóstico de um tumor maligno. É impressionante. As pessoas ficam em estado de choque.

4. O choro, de empatia pelos problemas e sofrimento dos outros; já chorei assim. É um choro de impotência...por não conseguirmos solucionar o problema e sofrimento dos outros. Sentimo-nos frustrados.

5. O choro interior. Queremos chorar e não conseguimos. Perdemos o apetite, o sono, o humor...eu sei lá que mais...

6. O choro de alegria. Eh eh eh.... este é o melhor! Estamos tão felizes que só conseguimos expressá-lo através do próprio choro.

7. O choro pelos filhos. Nem vos conto...a dor que é. Uiiiii..... dói muito ver e chorar por esta razão. Indescritível...

Claro que já vi e assisti a outros tipos de choro que aqui não mencionarei. Mas, deixei para o final, aquele que é a meu ver o pior de todos eles:

- O da traição, o da infidelidade, o da rejeição! Este corrói, destrói, "mata" um pouco em cada dia, deixa sequelas emocionais, psicológicas e até físicas...e de grande dimensão. Exige muitas vezes apoio terapêutico e espiritual; garanto-vos! É verdadeiramente destruidor!

Eu, sou um homem emocional e riu-me com muita facilidade, mas regularmente preciso de chorar. Quando eu era criança, disseram-me que um homem não chora. Uma ova!... chora pois. Por ser homem é que chora. Só não chora, quem já deixou de ser Homem.

Deus chora... Jesus chorou pelo seu grande amigo Lázaro. É, e eu também choro. Que bom é chorar!!!

Texto publicado na íntegra, com autorização do autor, Pr. Carlos Cardoso. Pastor evangélico em Portugal.

Leia I Coríntios 12:26

13 junho 2012

Pastorado: Uma Vocação ou mais uma Profissão?


A questão é um tanto complicada de se abordar.


A falta de envolvimento pessoal e conhecimento dos que comentam sobre esta questão determinam, a meu ver, a realidade dos fatos. Uma realidade de muita confusão quando se discute o assunto proposto. Cada grupo ou denominação religiosa entende do seu jeito e criam o seu formato, tornando o entendimento correto e bíblico mais uma opinião ou argumentação como as demais.


O que significa ser um pastor, quais os critérios, características e a missão pastoral de acordo com que revela a Palavra de Deus são totalmente negligenciados e toma-se um conceito humano e empresarial para explicar o ofício e as funções de um pastor.


Isso causa muitos conflitos e perturbações à vida da Igreja e por fim incentivam oportunistas, interesseiros e preguiçosos a se candidatarem a futuros ministros.


Não deveria ser assim.


Mas por que isso acontece?


Porque pouco ou nada se ensina sobre o assunto. O pastor ou o educador cristão tem, muitas vezes, receio de ministrar e até falar sobre o que significa ser um pastor do ponto de vista bíblico, porque pensa que estará ministrando em interesse ou defesa própria. E assim, o povo fica sem entender a questão e aí se originam os erros e as distorções existentes.


Por causa também disso, o universo evangélico criou vários tipos de pastores. Vejam alguns deles a seguir:


1. O pastor de “final de semana e feriados”.


Este entende o pastorado como um trabalho complementar e secundário. Somente o exerce quando não realiza outra atividade. Durante a semana possui um emprego e trata de se dedicar a ele e a seus afazeres pessoais. Quando chega o final de semana ou feriado se veste de pastor e vai à igreja pregar e rever seus irmãos. Durante o meio de semana não se pode contar com ele. Estou trabalhando, afirma. Quando perguntam como sustenta a família, ele diz orgulhosamente:
- Tenho o meu trabalho. Não toco em um centavo do dinheiro da igreja.
E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”.


2. O pastor “nominal”.


Este entende o pastorado como uma forma de ostentação. Ama ostentar seu título de pastor nos círculos familiares, eclesiásticos e de relacionamentos. Não se preocupa com o rebanho do Senhor e muito menos com o que pensa o Senhor do rebanho. Está sempre buscando outros e mais títulos, porém sempre com a motivação errada. Ele quer ser destacado entre os demais. O nome de Jesus é só mais um detalhe. O nome dele é que importa ser notado e comentado.
Muitos destes “pastores” se tornam em outro tipo que chamo de “midiáticos”, ou seja, usam a mídia (televisão, rádio, TV a cabo, etc...) para propagar seus devaneios com roupagem de cristianismo com intenções de adquirir fama e prosperidade material às custas do povo desavisado.
E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”.


3. O pastor “profissional”


Este entende o ministério pastoral como mais uma profissão e a Igreja de Cristo como mais uma empresa. Cumpre com suas obrigações trabalhistas, que foram pré-determinadas em sua contratação, e está tranquilamente consciente que pode ser dispensado por seus empregadores se não as cumpri-las. Busca agradar seus “chefes” fazendo aquilo que os agrada, porque se não o fizer pode ficar desempregado.
É um profissional do púlpito. É um político eclesiástico.
E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”.


4. O pastor “falso”.


Este não foi chamado para ser pastor. Não possui vocação e por isso não consegue amar o rebanho como deveria. Pode até ser um bom crente, porém não tem ferramentas espirituais para pastorear e teima em prosseguir. Não deseja se aprofundar no conhecimento bíblico, não deseja se sacrificar em prol do reino de Deus. Não se preparou para o ofício pastoral porque não entende isso ser relevante.
Não possui coração de pastor.
Causa dores e sofrimentos em si e no rebanho. Produz maus costumes e heresias. É motivo de piadas e “chacotas” dos descrentes e até de membros de sua congregação.
E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”.


5. O pastor “enviado de satanás”.


Este entende o que significa o ministério pastoral e por isso, diabolicamente, procura perverte-lo e corrompe-lo diante dos olhos apavorados do povo. Desta forma, tenta produzir falta de credibilidade sobre o ofício e a pessoa dos demais pastores. A desconfiança e incredulidade ao pastorado são suas intenções.
São enviados de satanás para iludir e enganar o povo de Deus e assim deturpar o real sentido e significado da Igreja, das doutrinas bíblicas e do episcopado.
E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”.


6. O pastor “preguiçoso”


Este pensa que ser pastor é ficar à toa. Não aceita trabalhar secularmente, mas também não deseja trabalhar ministerialmente. Não estuda. Não se prepara. Sequer prepara um sermão. O púlpito é muito mais freqüentado por outros irmãos do que por ele. De vez em quando prega e justifica que está dando oportunidades a futuros pregadores. Não freqüenta a EBD, nunca ministrou em uma sala, porque preparar aula dá muito trabalho. Teologia pra ele é “coisa de fariseu”. Delega o que é pra ser delegado e o que não é. Gosta de muito barulho e de chavões. Tudo pra ele é de improviso e diz que é o Espírito Santo. Não gosta e nem sabe planejar nada. Pensar, discernir, refletir pra ele é muito desgastante. Não respeita horários. É um exemplo de falta de sabedoria. O pastorado pra ele é uma fuga da realidade dura da vida. É o preguiçoso por excelência.


Existem outros maus exemplos de "pastores", mas penso que esses já são o bastante.
Diante dessa realidade, não podemos culpar a maioria do povo por não entender o ministério pastoral e considerá-la de forma totalmente equivocada e não bíblica e também de muitos generalizarem e rotularem todos os pastores de “oportunistas, picaretas e desocupados”.
Fundamentando-me biblicamente, como então devemos entender e ensinar a questão à luz das Escrituras Sagradas?




O pastor à Luz da Palavra de Deus.


1. É um crente chamado, vocacionado e capacitado por Deus para exercer tal missão. (todos aqueles que exerceram posições de liderança ou pastoreio no relato bíblico foram chamados pessoalmente por Deus)


2. Sua chamada e vocação são marcadas por um desejo interno, profundo e ardente em cuidar, para Deus e sob Sua direção, de um grupo de crentes por um longo período em locais que ele não escolhe. (nota-se isso claramente nos textos escritos por Paulo, Pedro, João e outros escritores neo-testamentários)


3. Sua chamada e vocação são confirmadas pelas pessoas que pastoreia ou que de alguma forma estiveram sob seus cuidados pastorais. (A "aceitação" da Igreja com relação às cartas neo-testamentárias e a confirmação de que se tratava de escritos inspirados por Deus (canonicidade) corroboram isso)


4. Sua capacitação se dá através de dons espirituais dados por Deus para bem exercer o ofício e ministério pastoral como, por exemplo: dom de pastor, de profeta, de mestre e outros que formam um “pacote” capacitando este crente para pastorear. (os dons alistados em Efésios 4:11 são uma prova de que se trata de dons ministeriais ou para liderança na Igreja. O contexto do capítulo confirma isso.)


5. O amor a Deus e ao rebanho de Deus são marcas visíveis neste crente. Sem isso seria impossível pastorear. Isso o move ao perdão, paciência e perseverança incomuns à maioria dos cristãos. (O amor dos apóstolos e a o amor dos genuínos pastores pelo rebanho e pela Palavra de Deus no transcorrer da história da Igreja são contundentes para corroborar este ponto)


6. Entende que seu pastorado não é uma profissão, mas sim uma missão determinada a Ele por Deus. Ele não é um empresário, muito menos um empregado da Igreja. É um ministro da Palavra de Deus. Seu trabalho é fundamentalmente espiritual. (A Bíblia em sua integralidade confirma isso)


7. Não possui interesses pessoais acima dos espirituais e ministeriais. Não tem dificuldade em renunciar aos seus prazeres e satisfações pessoais em prol do rebanho do Senhor. (As cartas pastorais ensinam largamente esse princípio bíblico da abnegação voluntária)


8. Não busca ostentação e elogios. Não busca enriquecimento material. Busca vidas salvas e libertas para glória de Deus. (As cartas pastorais ensinam largamente esse conceito bíblico)


9. Dedica e administra todo o seu tempo, bens, dons e talentos nas prioridades corretas, ou seja, o espiritual sempre está a frente do material. Mas, não significa que descuide do cuidado pessoal ou de sua família. É um lutador que vive para Deus na dependência Dele dentro dos parâmetros já delineados pelas Escrituras, ou seja, entende que é mordomo e prestará contas a Deus de tudo que lhe foi confiado. (O Senhor Jesus ensinou isso na parábola dos talentos.)


10. Dedica-se a oração, pregação, ao estudo e ao ensino bíblico com responsabilidade e temor. (As orientações paulinas a Timóteo enfatizam também essa questão.)


11. É humilde e reconhece suas limitações. Sabe que mesmo sendo pastor, continua sendo servo. (A Bíblia em sua integralidade ensina isso)


12. É pastor de tempo integral. Está ciente que sua vocação e ofício exigem isso. (Observa-se esse princípio claramente nos ministérios de Pedro, Paulo e demais discípulos. (...)Quem prega a Palavra, que viva da Palavra...)


12. É incansável no cuidado da sã doutrina. Cuida para que os demais irmãos sejam ministrados em todo desígnio de Deus revelado em Sua Palavra. (As cartas pastorais enfocam isso)


13. É sustentado por Deus, através da instrumentalidade da Igreja. Vive nesta dependência alegremente. Se for necessário e temporariamente irá “confeccionar tendas”, mas sabe que isto não é o ideal bíblico para seu ministério. Irá trabalhar para que sua congregação assim entenda o ministério pastoral. (O ministério de Paulo é um bom exemplo disso. Foi obrigado a fazer tendas pela negligência da Igreja com o sustento do apóstolo. É um exemplo do que não é pra ser feito por uma igreja, e não o contrário. O próprio Paulo explica isso em suas cartas)


14. É consciente que somente os que também são vocacionados, como ele o é ao ministério pastoral, conseguem entende-lo completamente. (A Bíblia mostra pelas cartas pastorais que somente um pastor consegue entender outro pastor em todos os aspectos que constituem o ministério pastoral)


15. É consciente que mesmo possuindo dons espirituais não conseguirá pastorear sem a ajuda e direção de Deus. Sabe que quem realiza é Deus.


16. Sabe discernir e alertar o rebanho quando este está em perigo e quando falsos mestres se introduzem nele. (sabe que o Espírito Santo o usa como o atalaia de Deus para a Igreja do Novo Testamento. O princípio ensinado em Ezequiel 33 é aplicável hoje.)


17. Tem consciência que muitas vezes se sentirá solitário e cansado. Mas tem a firme convicção que Deus está com ele e Nele tem suas forças revigoradas pra prosseguir. (Não pode negligenciar o dom que há nele dado por Deus. Continua firme fazendo a obra de um evangelista)


17. Ensina estes itens aos irmãos que pastoreia. (Não tem receio ou medo de “tocar” nesse assunto.)


18. Sabe que desse ensino resultará no bom preparo de outros pastores segundo o coração de Deus.


19. Sabe que nem todos o entenderão.


20. Sabe que Deus o entenderá e apoiará.


Amigos pastores, por amor a Cristo, ensinemos isso ao povo de Deus.
Ainda existem muitos pastores fiéis a Deus e dignos de serem chamados de “homens de Deus”.
Mudemos a concepção que os farsantes produziram em muitos e propaguemos a verdade e dignidade do santo ministério. Rechacemos os lobos em peles de cordeiros. Honremos Aquele que nos chamou.
A Igreja agradece.

Publicado originalmente no Blog "A Verdade Bíblica" e reproduzido com autorização expressa do Pr. Magdiel G. Anselmo


07 abril 2012

COMO BODES TRATAM OS PASTORES DE OVELHAS

Ser Pastor, um grande desafio!

Se o culto termina cedo: "O pastor é muito frio e metódico, ¨Não deixa o Espírito Santo operar."
Se o culto excede do horário: "O pastor é irresponsável e impontual."
Se vem um pregador de fora excede o horário: "Como Deus usa aquele homem, olha só que horas o culto acabou!"
Se o pastor excede o horário: "O pastor não entende que temos de trabalhar amanhã cedo, tudo tem que ser feito com ordem e decência!"
Se Deus usa um pregador de fora: "Que homem usado por Deus!"
Se Deus usa o pastor: "Está querendo se mostrar e imitar outros pregadores."
Se o pastor prega muito: "É muito chato e cansativo!"
Se prega pouco: "Não conhece bem a palavra, por isso não tem o que pregar."
Se a mensagem do pregador de fora falou em sua vida: "Aquele sim, tem o Dom de discernimento."
Se a pregação do pastor falou em sua vida: "Ele sabe tudo de mim, está querendo me expor."
Se o pastor faltar a algum culto: "É sem cuidado com suas obrigações."
Se algum irmão ou obreiro falta: "Estava cansado e precisava relaxar um pouco."
Se o pastor não visita: "É descuidado e relaxado com suas ovelhas."
Se visita: "Não tem mais o que fazer, gostar de viver nas casas para 'filar a bóia' dos irmãos."
Se sai de casa muito: "Não cuida de sua família."
Se é caseiro: "É preguiçoso."
Se anda mal arrumado: "É muito relaxado, descuidado e pobre."
Se anda bem arrumado: "É metido e quer ter aparência de rico." (ou "Almofadinha" como um pastor foi chamado)
Se os filhos do pastor são peraltas e erram: "O pastor não os educa adequadamente e não os disciplina."
Se são seus filhos ou dos irmãos: "Criança é assim mesmo. Carecem de misericórdia e orações."

A Bíblia diz: "Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver. Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil." (Hebreus 13:7 e 17)

Como você está tratando, amando e honrando seu pastor e a família dele?
Você é Ovelha dócil ou um Bode azedo?

SE VOCÊ FOSSE PASTOR, GOSTARIA DE TER UMA OVELHA IGUAL A VOCÊ NO REBANHO?

(Extraído do Blog do Massa e adaptado por Pr. Caleb Castellani)

19 março 2012

Sugestão: Leia o livro - Não Quero um Pastor Bacana

Não é comum sugerir àqueles que acompanham meu Blog a leitura de livros. Porém, excepcionalmente, quero sugerir a você a leitura deste livro: "Não Quero um Pastor Bacana" por Kevin De Young e Ted Kluck, Editora Mundo Cristão.

Nestes tempos pós-modernos muitos que se chamam "góspeis" estão buscando jovens "pastores" com pinta de animador de auditório para liderarem igrejas que mais parecem auditórios de TV com a presença até mesmo de "bailarinas" do "ministério da Coreografia" (sic!) e uma grande ênfase "Judaizante". Silvio Santos, Faustão, Gugu e Faro que se cuidem... A concorrência está enorme.

Um amigo me disse que agora tem "igreja" procurando pastores com aparência "metrossexual"... Sinceramente, não consigo compreender o que isto tem a ver com o ministério de pastoreio de almas pertencentes a Cristo...

Leia a Sinopse do livro "Não Quero um Pastor Bacana"

"Um púlpito, um microfone e um pastor. Combinação que pode resultar em uma grande pregação ou num grande espetáculo.
Colocado em altos pedestais, acima de suas ovelhas e, em alguns casos, adorado como o próprio Deus, o sacerdote pode perder o foco de sua verdadeira missão, ministério e vocação - levando a própria igreja para um abismo repleto de beijos, sorrisos, roupa da moda, afagos e pouca base teológica.
Vivemos um tempo em que pastores e lideranças, em busca de programações atraentes, têm envolvido seus membros em um ativismo desgastante e uma espiritualidade rasa. Desta forma, perdem o foco da propagação do evangelho, enquanto investem tempo e dinheiro para lotar os bancos de suas congregações. O resultado disso é uma geração de cristãos aparentemente felizes, mas pouco familiarizados com os fundamentos bíblicos.
Kevin De Young e Ted Kluck sabem o quanto a Igreja tem padecido por essa postura, mas estão certos de que ainda é possível resistir à igreja emergente, moderna e "antenada" e resgatar a essência do cristianismo, sem tornar a igreja uma instituição antiquada e engessada.
Voltar às origens e resgatar o que foi perdido não é um retrocesso, mas sim um passo rumo ao futuro."

Final dos tempos...

Rev. Caleb Castellani

28 janeiro 2012

Ser Pastor: Muito Mais que Um Pregador

Quais são as responsabilidades do pastor, além de pregar e estudar?
A resposta para a sua pergunta está no título que você usou: pastor. Este título é cheio de significado e estabelece as principais responsabilidades de um ministro.

Uma das metáforas favoritas de Jesus para a liderança espiritual, uma que Ele utilizava freqüentemente para descrever a si mesmo, era a de pastor – uma pessoa que supervisiona o rebanho de Deus. Um pastor guia, alimenta, cria, conforta, corrige, e protege – responsabilidades que caem sobre todo líder de igreja. Na verdade, a palavra pastor quer dizer pastor de ovelhas.


"Como ovelhas perdidas, pessoas perdidas precisam de um resgatador – um pastor - para conduzi-las à segurança do aprisco."
Pedro escreveu estas palavras a presbíteros que deveriam estar familiarizados com ovelhas e pastoreio:
"Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, (...) pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.” (1 Pedro 5:1-4)

Para oferecer-lhe um quadro mais completo do seu papel como pastor, aqui vai um panorama sobre a natureza das ovelhas, a tarefa dos pastores, e como eles se comparam ao papel do pastor na igreja. Note os princípios de liderança eclesiástica que eles contêm. Eles determinam o que deveria preencher a sua agenda como pastor.


Pastores São Resgatadores
Uma ovelha pode estar completamente perdida a apenas alguns quilômetros de sua casa. Sem senso de direção e sem instinto para achar o aprisco, uma ovelha perdida normalmente ficará vagando de um lado para outro em um estado de confusão, desassossego, e até mesmo de pânico. Ela precisa de um pastor para trazê-la para casa.

E assim quando Jesus viu as multidões, perdidas, espiritualmente desorientadas e confusas, Ele as comparou a ovelhas sem pastor (Mateus 9:36). O profeta Isaías descreveu as pessoas perdidas como aquelas que, tal qual a ovelha, andam desgarradas - cada uma se desviando pelo caminho (Isaías 53:6).

Como ovelhas perdidas, pessoas perdidas precisam de um resgatador – um pastor - para conduzi-las à segurança do aprisco. Um pastor faz isso conduzindo os perdidos para Jesus, o Bom Pastor que dá Sua vida pelas ovelhas (João 10:11).


Pastores São Alimentadores
Ovelhas passam a maior parte das suas vidas comendo e bebendo, mas elas atentam para a sua dieta. Eles não sabem a diferença entre plantas venenosas e não-venenosas. Por isso o pastor tem que vigiar a dieta delas cuidadosamente e tem que proporcionar-lhes pasto rico em nutrientes.

Em Seu encontro com Pedro, descrito em João 21, Jesus apontou-lhe a importância de alimentar as ovelhas. Duas vezes em Sua ordem para Pedro, Jesus usou o termo grego bosko que significa "eu alimento" (vv. 15, 17).

"O recurso mais importante de liderança espiritual é o poder de uma vida exemplar."

O objetivo do pastor não é agradar a ovelha, mas alimentá-la. Não é coçar-lhe os ouvidos, mas nutrir-lhe a alma. Ele não deve oferecer meros lanches rápidos de leite espiritual, mas a carne substanciosa da verdade bíblica. Aqueles que não alimentam o rebanho são inadequados para serem pastores (cf. Jeremias 23:1-4; Ezequiel 34:2-10).


Pastores São Líderes
Pedro desafiou seus companheiros presbíteros a "apascentar o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele" (1 Pedro 5:2 - ARC). Deus confiou-lhes a autoridade e a responsabilidade de conduzir o rebanho. Os pastores são responsáveis pela forma como lideram, e o rebanho pela forma como segue (Hebreus 13:17).

Além do ensino, o pastor exerce liderança do rebanho pelo seu exemplo de vida. Ser um pastor exige viver entre as ovelhas. Não é tanto uma liderança vinda de cima, mas uma liderança vinda de dentro. Um pastor eficiente não reúne suas ovelhas vindo por trás delas, mas conduz o rebanho indo à frente. Elas o vêem e imitam suas ações.

O recurso mais importante de liderança espiritual é o poder de uma vida exemplar. 1 Timóteo 4:16 instrui um líder de igreja: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes."


Pastores São Protetores
Ovelhas são quase completamente indefesas - elas não conseguem chutar, arranhar, morder, saltar, ou correr. Quando atacadas por um predador, elas amontoam-se em vez de sair correndo. Isso as transforma em presas fáceis. Ovelhas precisam de um pastor que as proteja para que possam sobreviver.

Cristãos precisam de proteção semelhante contra o erro e contra aqueles que o disseminam. Os pastores impedem suas ovelhas espirituais de se desviarem, defendem-nas contra os lobos selvagens que de outra forma as destruiriam. Paulo preveniu os pastores de Éfeso a ficarem alertas e protegerem as igrejas sob o cuidado deles:

"Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles." (Atos 20:28-30).


Pastores São Confortadores
Ovelhas não possuem um instinto de auto-preservação. Elas são tão humildes e mansas que se você as maltratar, elas são facilmente esmagadas em espírito e podem simplesmente render-se e morrer. O pastor tem que saber os temperamentos individuais das suas ovelhas e tomar cuidado para não infligir tensão excessiva. Conseqüentemente, um pastor fiel ajusta seu conselho à necessidade da pessoa a quem ele está auxiliando. Ele deve “admoestar os insubmissos, consolar os desanimados, amparar os fracos e ser longânimo para com todos.” (1 Tessalonicenses 5:14).


O Bom Pastor e os seus "Subpastores"
Jesus é o exemplo perfeito de um pastor amoroso. Ele engloba tudo o que um líder espiritual deveria ser. Pedro O chamou de "Supremo Pastor" (1 Pedro 5:4). Ele é nosso grande Resgatador, Líder, Guardião, Protetor, e Confortador.

Líderes de igreja são "subpastores" que guardam o rebanho sob os olhos atentos do Supremo Pastor (Atos 20:28). Eles têm uma responsabilidade de tempo integral porque eles ministram para pessoas que, como ovelhas, freqüentemente são vulneráveis, indefesas, sem discernimento, e propensas a desviar-se.

Pastorear o rebanho de Deus é uma tarefa gigantesca, mas para pastores fiéis traz a rica recompensa da coroa imarcescível de glória que será concedida pelo Supremo Pastor quando Ele se manifestar (1 Pedro 5:4).

Se o seu pastor estiver levando a cabo os deveres requeridos no título do cargo que ocupa fielmente, lembre-se de seguir esta advertência da Bíblia:

"Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros." (Hebreus 13:17)

No Salmo 23 observamos a importância do Pastor para ovelha, é o Pastor quem checa onde sua ovelha tem se alimentado, se ela tem sido influenciada, se existe vestígios de larvas nos ouvidos de suas ovelhas...e se tivesse era necessário jogar azeite para que aquilo fosse expelido.

por  John MacArthur

***
Mas hoje é difícil encontrar Pastores com tanto zelo por suas ovelhas, somente aqueles que desenvolveram o caráter de Cristo em suas vidas que ainda conseguem ter essa preocupação com o seu rebanho, o cuidado pelas ovelhas tem se perdido no mundo de hoje, ficando evidente a falta desse caráter, falta de amadurecimento e interesses próprios. (Nota: Mulheres Com Propósitos)

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2009/12/muito-mais-que-um-pregador.html#ixzz1khDISDfr

23 julho 2010

Um apelo aos pastores

“Pastoreiem o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, não por torpe ganância, mas de boa vontade” (1ª Pedro 5.2)


O pastoreio como metáfora para liderança é uma expressão recorrente nas Escrituras. Javé é o pastor de Israel. Líderes políticos também receberam esse mesmo título, mas foram rejeitados porque permitiam que suas ovelhas se dispersassem (Ezequiel 34). Jesus tomou sobre si a função de Bom Pastor, aquele que conhece, conduz, chama, ama, alimenta suas ovelhas e dá a vida por elas.


É comovente a maneira com que Pedro se dirige aos líderes da igreja.

Ele faz um apelo para que eles pastoreiem o rebanho de Deus, no entanto, esse era o seu ministério (“cuide das minhas ovelhas” [João 21.18]) quando o Senhor o chamou pela segunda vez, à beira do lago da Galiléia. É provável que Pedro estivesse pensando nisso quando fez o apelo para que os líderes da igreja pastoreassem o rebanho de Deus. Seu apelo inclui três antíteses:


Em primeiro lugar, os pastores devem ter um espírito voluntário.
Devem servir “não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer” (1ª Pedro 5.2). A simples idéia de servir a Deus por obrigação é grotesca.


Em segundo lugar, a motivação deles deve ser livre de qualquer interesse.
“Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir” (v. 2). No entanto, ao longo da história, têm surgido muitos interesseiros tentando ganhar dinheiro com o ministério. No mundo antigo, havia um grande número de impostores que ganhavam a vida se fazendo passar por mestres itinerantes. Paulo, entretanto, abriu mão de seu direito de receber ajuda (ex: a igreja de Corinto) e trabalhou para se sustentar, demonstrando assim que a sua motivação era sincera. Infelizmente, ainda vemos muitos evangelistas (?) mal intencionados buscando enriquecer por meio de apelos financeiros.


Em terceiro lugar, a conduta dos pastores deve ser humilde.
“Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho” (v. 3). Será que os pastores nunca leram este texto das Escrituras? Deus nunca nos deu uma procuração transferindo a igreja para nós. A igreja é Dele! Nós não somos donos de nada! Infelizmente, existem nos nossos meios verdadeiros coronéis da fé, caciques espirituais, que são chefes de tribos, e não pastores de ovelhas!


Jesus advertiu seus discípulos claramente sobre isso. “Os governantes das nações as dominam”, ele disse, e “exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês” (Marcos 10.42, 43). Ao contrário, os líderes cristãos devem exercer seu ministério com humildade. Eles devem liderar não pela força, mas pelo exemplo.


Ó Deus conceda-nos pastores segundo o teu coração (Jeremias 3.15)!


Por Pr. Marcello de Oliveira

Publicado em: "A Supremacia das Escrituras"

19 fevereiro 2010

O lado duro da liderança pastoral

Transcrevo aqui um texto que encontrei no Blog do Pr. José Vieira, que nos mostra como tem sido difícil para muitos pastores continuar pastoreando pessoas que, carnalmente, buscam reforços na política eclesiástica e não na oração.

"Se examinarmos cuidadosamente a vida dos líderes da Bíblia, principalmente as dificuldades que tiveram e os obstáculos que enfrentaram ao longo do seu ministério, nós, pastores da atualidade, poderemos entender melhor muitos dos problemas pelos quais já passamos, e até prognosticar realisticamente os obstáculos em potencial que ainda poderão se manifestar.


A liderança pastoral tem um lado duro, que colocará à prova muitas virtudes da fé cristã, como a perseverança, a paciência, o domínio próprio, a cordialidade, a confiança no Senhor e o amor às ovelhas. Esta constatação sobre a dura realidade da liderança pastoral, deveria também influenciar nas decisões que os aspirantes ao ministério precisam tomar quanto a manterem ou não suas investidas por se tornarem pastores.

Liderar a igreja de Cristo envolverá a necessidade de superação constante de obstáculos, assim como a necessidade de suportar, com longanimidade, os constantes sofrimentos que serão impostos nas mais variadas esferas desta experiência. Esta realidade é inerente à grandiosidade da tarefa e à desesperada oposição do inimigo, já derrotado, mas temporariamente ativo e aplicado a infringir derrotas aos homens de Deus chamados para pastorear Sua igreja que prevalecerá contra as portas do inferno.

Para suportar esse lado duro, o pastor precisará desenvolver uma "pele grossa" que resiste às inúmeras fontes que podem ferir até mortalmente os mais sensíveis e melindrosos, que logo se perceberão inaptos para o ministério, tamanha a dor que sentem.

Reflitamos em algumas experiências de líderes da Bíblia:

Quando Paulo escreve aos Coríntios, notamos que o apóstolo se defende de algumas críticas injustas que recebia ali. Em 1 Coríntios 9:1-2 Paulo se aplica a defender sua autoridade apostólica, não aceita por alguns crentes carnais daquela igreja. Em 2 Coríntios 10:8-11 Paulo se defende da acusação de ser duro por carta, mas frouxo pessoalmente.

As críticas são como pedras lançadas contra o pastor, visando machucá-lo quando atiradas diretamente ou visando machucar a sua imagem quando desferidas nas fofocas e maledicências praticadas pelas ovelhas menos maduras.

Algumas críticas terão fundamento, outras não. Algumas serão feitas para ferir outras ferirão mesmo que esta não tenha sido a intenção de quem a fez. Precisamos aprender a lidar com elas. Algumas serão proveitosas e fomentarão nosso crescimento, outras deverão ser tratadas como pecado e as medidas bíblicas contra elas deverão ser tomadas corajosamente, mas com o espírito de brandura típico dos maduros na fé, conforme Gálatas 3:1. Já outras, colocarão nosso ego à prova e desqualificarão rapidamente aqueles que não admitem, por orgulho próprio, que sejam atacados, contrariados ou mesmo rejeitados.

Igualmente tão desafiador quanto enfrentar críticas pessoais, quem desempenha a liderança pastoral também tem que tratar com as murmurações. Moisés experimentou essa dura realidade. Em Êxodo 15:24, 16:2, 17:3, Números 16:41 estão alguns relatos do povo murmurando contra Moisés e Arão. Em Números 21:5 vemos o povo murmurando contra o próprio Senhor, que os castiga com serpentes para que se arrependam da sua postura de reclamação.

O pastor sempre encontrará pessoas reclamando de alguma coisa, descontentes com alguma situação, preferindo que as coisas sejam diferentes do que são. A murmuração é uma manifestação de carnalidade, e muitas vezes ela vem de pessoas sobre as quais nutríamos uma expectativa de uma postura mais madura e tolerante, causando em nós frustração e eventualmente, dor por ter que lidar com elas.

E por mencionar manifestações de carnalidade, há de se lembrar que existem outras situações em que os mais carnais lançam comentários contundentes para machucar os pastores.

Lamentavelmente, tem se avolumado os casos de pastores injustamente perseguidos e até destituídos dos seus ministérios sem receber nenhum respaldo. Às vezes porque discordaram de algum membro ou líder influente, ou ameaçaram a hegemonia ditatorial de alguma família que quer exercer primazia, ou porque combateram alguma prática pecaminosa fazendo com que alguns se sentissem ameaçados e vulneráveis.

Há muitos "Diótrefes" por aí perseguindo injustamente homens de Deus, tal como aquele de 3 João, que boicotava os missionários que vinham de longe para pregar o evangelho, não lhes dando acolhida e proibindo o restante da igreja de os receberem, pois "gostava de exercer a primazia" e não dividia sua posição de honra com ninguém.

Neemias foi caluniado, como vemos em Neemias 6:6. Pessoas queriam causar-lhe mal (Neemias 6:2). Eles até subornaram profetas para lhe falar mentiras em nome de Deus, para prejudicá-lo. (Neemias 6:10-14).

Não é difícil entender que um pastor íntegro e comprometido com a Palavra de Deus torna-se facilmente uma ameaça em igrejas corrompidas pela carnalidade. Receber oposição covarde e agressiva nesse cenário não é um fato surpreendente.

A Palavra de Deus nos avisa, em 2 Timóteo 3:12, que todos que quiserem viver piedosamente serão perseguidos. No caso dos pastores piedosos, às vezes a perseguição vem de dentro da sua própria igreja!"

Por Vlademir Hernandes
Publicado em 28.09.2009
Extraído do Blog do Pr. José Vieira Rocha
http://www.vigiai.net

Concordo e assino embaixo,
Pr. Caleb

08 novembro 2009

Conhecendo o verdadeiro Servo de Deus pelos Frutos.

"Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus.
Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons.
Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus."
Mateus 7:15-21

É curioso como temos uma grande quantidade de Obreiros (Pastores, Presbiteros e Diáconos) nas igrejas chamadas históricas. A maioria deles concentrados nos grandes centros.
Porém, vemos com pesar que o fervor evangelístico tem perdido o seu calor. Encontramos os tais lideres frequentando cursos e Conferencias com os titulos mais mirabolantes. E pouco ou nada acontece. Igrejas continuam diminuindo de quantidade de membros. Quanto mais "profissionais do púlpito" com todos os títulos comprados ou alcançados, temos menos conquista de almas para Cristo... Isto é muito grave!
Poucas são aquelas que tem um crescimento com mais de 5% ao ano. Li recentemente um Relatório de uma "Regional de uma denominação histórica" que demonstra em nas suas 35 igrejas houve um decréscimo na membresia. Constata-se que muitas igrejas apenas vegetam. E lamentavelmente algumas delas por pouco não voltam a ser congregações dependentes, pois seus membros se foram (muitos deles conquistados pelas "igrejas de pescadores-de-aquário" que pululam pelo país).
Glória a Deus, ainda existem exceções! Poucas são aquelas que mantem reuniões nas Casas dos crentes (Grupos Familiares ou Células) durante a semana. Poucas são aquelas que mantem reuniões de orações pela manhã ou à noite numa casa ou em um templo. Nestas, que conheço, e posso testemunhar pessoalmente - Há conquista de almas e o crescimento do povo de Deus vai acontecendo como consequência.
Aproveito para informar, antes que alguém me escreva anonimamente ou com um nome falso, dizendo que Crescimento de igreja é um termo criado por algum professor nos Seminários dos Estados Unidos. Não prezado leitor: Esta é uma expressão encontrada várias vezes no Livro dos Atos dos Apostolos 2:47; 5:16; 9:31; 12:24 (Foi o próprio Espírito Santo quem fez o escritor bíblico registrar sobre o Crescimento das Igrejas neo-testamentárias. Se não fosse importante para Ele nunca teríamos o registro).
A vontade de Deus, pelo que podemos entender, foi aquela que O levou a Entregar seu Filho Amado, para ser morto em uma cruz. Não foi para que Ele enfeitasse um presépio! Portanto nosso alvo em conhecer a Vontade de Deus é levar salvação para aquele que está perdido em seus delitos e pecados - O Pecador. Não compete a nós determinar quem será ou não será salvo. Devemos pregar o Evangelho (as Boas Novas) a TODA CRIATURA, a tempo e fora do tempo.
Tais lideres em sua grande maioria não estão buscando praticar esta vontade de Deus. Muitos deles estão cansados e deitados num sofá nas tardes de domingo ou estão preocupados em saber como vai a classificação do clube para o qual eles torcem.
Passaram a semana em seus gabinetes lendo ou estudando para mais um curso superior. Engordando sempre. E para desencargo de consciencia fizeram 3 ou 5 visitas a alguns frequentadores de sua igreja durante a semana. Nem que seja só pra tomar um cafézinho...
Mas, no domingo à noite ou pela manhã, um sermão preparado com a aplicação de quase todas as boas regras da homilética e da corrente teológica de algum escritor da idade média ou da atualidade, estará sendo proferido sem muito entusiasmo e com voz de sono em seu púlpito.
Calma querido, leitor! Quem ama a Igreja, fala francamente para Ela! Quem não ama, lisongeia...

Responda para si mesmo, estas solenes perguntas:
Será que é para, apenas isto, que Deus nos chamou para fazer em Seu Reino?
Você já fez Evangelismo pessoal neste ano? Quantas almas você levou a Cristo durante Um ano inteiro??
Você discipulou algum novo convertido durante o ano?
Ou apenas lecionou uma Confissão de Fé para alguns filhos de crentes que não fugiram da igreja?
Eu sei que estou sendo generalizador e muito duro. Na verdade existem alguns poucos que dão seu tempo, com boa qualidade e quantidade, sob muita oração, para a Causa de Cristo.
Quantos pontos de pregação foram criados e atendidos dominicalmente por tais líderes? (Ou será que você sabe apenas criar e enviar outros? Nunca mais você voltou para pregar aos perdidos daquela localidade que você "inventou"?)
Quantos Cursos de Alfabetização de Adultos, de Inclusão Digital (Informática), e outros cursos profissionalizantes você lutou para implantar em sua igreja a fim de servir e testemunhar, "na prática", para a população ao redor de sua igreja? Acrescento que, além de aproveitar o tempo ocioso do seu precioso e dispendioso "templo" que fica uma semana inteira, vazio entregue às moscas e lagartixas.
Quantas congregações foram acompanhadas durante a semana e também no domingo, pessoalmente por você, Pastor titular, e não apenas por aquele Evangelista leigo voluntarioso que você colocou e autorizou a atuar ali?
Quantas congregações foram organizadas em Igreja através do trabalho do pastor e do Conselho ou Diretoria da igreja e não simplesmente eles ficam em suas sedes querendo notícias e nunca vão pessoalmente ver e participar dos acontecimentos.


Louvo a Deus porque não me omiti em fazer mais do que apenas aquilo para o qual fui pago.
Não me preocupo com minha reputação ou a boa ou má impressão que terão de mim ou de meu ministério. Graças a Deus tenho temor a Deus e sei que estarei perante Ele para dar satisfação daquilo que Ele me incumbiu de fazer em Seu Reino. Desejo pelo menos receber um certificado do Senhor: SERVO INÚTIL porque sei que não fiz mais do que minha obrigação.
"Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer". Lucas 17:10
Porém, vejo que poucos estão fazendo a Obra e a Vontade de Deus. Louvado seja Deus porque ainda existem estes poucos. E o povo das igrejas vai aceitando e tolerando... ou fazendo parte da onda...
Querido Pastor, qual é a sua motivação maior ao aceitar pastorear uma igreja? Estudar na cidade grande de sua denominação ou cumprir o ministério na igreja para a qual você trabalha? Estudar não é o problema. Mas, onde e com quem ficou o campo para o qual você disse a Deus que iria trabalhar?

Você tem frutificado no lugar (cidade) onde você está plantado?
Por amor a você e ao Ministério que Deus nos emprestou
Pastor Caleb Castellani

01 novembro 2009

PASTORES "LIGHT"

Alguma coisa está alterando conceitos e costumes dos "novos cristãos" dos dias atuais.

Tenho me deparado com homens que foram "guindados" socialmente com títulos de liderança religiosa em igrejas "evangélicas", históricas ou não, como "Pastor", "Bispo", "Evangelista" ou até mesmo "Missionário", que em suas maneiras de agir foge totalmente daquilo deixado registrado na Palavra de Deus.

Fico pensando como pode alguém que um dia sentiu o desejo de se tornar um pregador e foi separado em sua comunidade para o "sagrado ministério". Foi estudar em um Seminário, pois desejava "se preparar melhor" e depois que terminou - se é que alguém termina, foi examinado porque aprendeu a responder as perguntas teológicas e ao ser "aceito" foi ordenado "Ministro", e, com o passar do tempo perdeu o foco?

Certa vez conversando com um presbítero que estava com dificuldades em encontrar pastor para sua igreja, ele mencionou o desserviço de um determinado presidente de sínodo, também presbítero, que jurisdicionava seu presbitério: "Aquele homem sabe citar mais artigos da Constituição da denominação do que versículos da Bíblia. Penso que ele não conhece muitos princípios da Palavra de Deus. É um individuo focado em seus próprios interesses para se manter no poder." E concluiu, "Deus o converta!"

Pergunto "aos meus botões" como é que pode um indivíduo ter tido tantas oportunidades e desviar o FOCO que possivelmente possuía antes ou pelo menos enganava muito bem?

As oportunidades do obreiro cristão, são: Edificar a igreja trazendo estudos e mensagens que despertem o povo para o serviço cristão, evangelizar aos perdidos, conhecer profundamente a Bíblia para RESPONDER a todos aqueles que questionarem a "RAZÃO DE NOSSA FÉ", e para isto é necessário conhecer a "defender a fé que uma vez por todas foi dada aos santos" (Judas 3) e as doutrinas da Bíblia fazer visitas em hospitais, asilos e orfanatos, atender os carentes na alma para aconselhá-los e levá-los perante o Trono de Toda Graça.

Infelizmente, muitos "obreiros" são reprovados porque perderam de vista este tipo de trabalho e passam a se dedicar à "politicalha" eclesiástica, aos conchavos de bastidores e tornam-se "LIGHTS" como estão ensinando algumas linhas de pensamento para liderança de igrejas: não pregar sobre pecado, não mencionar os nomes dos pecados do homem moderno.
Não aceitam a Bíblia toda alegando que "determinadas ações de Deus foram apenas para aquelas épocas e hoje Ele não realiza mais aqueles atos".

Isto me leva a lembrar daquele lindo cântico inspirativo do Pr. Paulo César do Grupo Logos:


"Obreiro aprovado"

Você lembra quando foi
Que o Senhor o separou
Dentre todos os amigos,
Dentre os entes mais queridos?
E lhe encheu a alma toda de paixão tão desmedida
Pelas almas, pelas vidas,
Que não sabem pra onde vão?
Mas o tempo foi passando,
E a paixão se esfriou...

Óh meu Senhor,
Responda-me: Por que?

Você precisa ser obreiro aprovado
E não ser acusado por ninguém.
Andar como meu filho andou
E amar com o genuíno amor
Que eu lhe dei. Mas...
Se me buscar na Palavra, de coração na palavra,
Eu dou-lhe Minha palavra:
Me achará, e aprovado será.


Entendo que este cântico fará sentido para aqueles que tem temor de Deus e amam a Deus. E que um dia realmente foram separados pelo Senhor para Serví-LO em Sua Seara. Para os que se enganam e enganam o rebanho de Deus, não fará sentido algum.

Meu parceiro de Ministério Pastoral, pergunto a você:
Você mudou o foco de seu ministério pastoral para atender algumas conveniências e se manter na liderança de alguma igreja?
Qual a motivação para você estar na cidade em que você está? O Campo (A Obra de Deus) ou alguma conveniência para seus próprios estudos e os estudos de seus filhos?
Você continuará sendo aquilo para o qual foi preparado ou já nem se lembra o quê foi que o levou a ser "pastor"?

A única maneira de alguém retomar as metas para quais foi preparado é se tiver "TEMOR DE DEUS". Se não tiver não haverá remédio. O destino será aquele perante o qual todos estaremos perante: O JULGAMENTO FINAL DE CRISTO.
E aqueles que foram fiéis ao Seu Senhor que os Vocacionou (chamou) e os colocou na Seara e cumpriu-a cabalmente, ouvirão:
"Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’.
“Então os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?’
“O Rei responderá: ‘Digo-lhes a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’." (Mateus 25:34-40 NVI)

Os que foram "LIGHTS" ou politiqueiros, isto é, nunca foram convertidos, apenas aderentes chegando a liderar uma associação religiosa, ouvirão: "Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. Pois eu tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e nada me deram para beber; fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas, e vocês não me vestiram; estive enfermo e preso, e vocês não me visitaram’. Eles também responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso, e não te ajudamos?’ “Ele responderá: ‘Digo-lhes a verdade: O que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo’. “E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”." (Mateus 25:41-46)

Com certeza os "farizeus de plantão" se levantarão para questionar dizendo que estes não poderão ser pastores de denominações históricas e "bíblicas" (como se isso fosse imunidade para a perfeição).

No julgamento final, veremos!

O importante é que esta mensagem leve muitos a buscar servir ao Senhor com Zelo:
"Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se. Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez." (Apocalípse 22:11-13 NVI).


Por amor,
Pastor Caleb Castellani

Soli Deo Gloria!

Já escrevi um outro post sobre outra categoria de "Pastores Light" Clique aqui para ler






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28 maio 2009

Pastor diz: "ESTOU DESANIMADO COM A IGREJA"

A propósito do texto que encontrei no Blog "Reflexões Bíblicas" - SOLDADO FERIDO e uma citação desconhecida, porém muito verdadeira: "A igreja é o único exército que abandona os seus feridos em combate", resolvi publicar novamente um texto que havia retirado.

Estou surpreso e ao mesmo tempo consternado. Apesar de já ter visto de tudo...

Extraí o texto do site “Presbiterianos On-line” do qual faço parte. http://presbiterianos.ning.com/profiles/blog/show?id=2370668%3ABlogPost%3A83222&xgs=1

“Oi, a graça.
Nem sei se você lerá esta mensagem, mas, enfim, preciso desabafar. Há anos pastoreio a igreja. Estudei muito para chegar onde cheguei, acreditando que o estudo me daria boas condições para exercer um ministério profícuo, de alto nível, e, principalmente que a igreja seria alimentada, e saciada, sempre quisesse mais de mim.

Por outro lado, estudei também porque no mundo em que vivemos, as pessoas são respeitadas pela bagagem que possui, pela instrução adquirida sob muito esforço e dedicação; porque se o mercado de trabalho está tão exigente quanto á qualificação profissional, acredito que eu preciso oferecer o melhor para Deus, não no céu, lá Ele não precisa de mim, mas aqui, na Sua igreja, onde Ele conta comigo, assim, pensei: "se serei um pastor, preciso ser o melhor".


O Seminário me ensinou muita coisa em 5 anos de Graduação em Teologia: Grego e Hebraico, Heresiologia, Homilética, Filosofia, Psicologia, Missiologia, Português, Hermeneutica...que saudade. Meus professores e professoras foram pessoas muito dedicadas no ensino, quero aqui agradece-los(as).

...Mas, nunca estive tão desanimado com a igreja...


Eu amo o ministério. Pregar a palavra me é um enorme prazer. Visito as ovelhas. Amo-as. Mas nestes momentos tenho só vontade de chorar. Trabalhei todo este tempo na igreja porque acreditava que a igreja poderia crescer, que as almas poderiam ser alcançadas, e que eu poderia falar de Deus para um número maior de pessoas. O sermão é sempre meticulosamente preparado, e prego-o com tamanha altivez que me falta a voz no dia seguinte. Que bênção pregar a Palavra!

Hoje, não sou tão jovem quanto quando iniciei esta caminhada. Se pudesse, gostaria de indicar uma outra disciplina para o Seminário, uma disciplina que preparasse os futuros pastores para os fracassos ministeriais; uma matéria que dissesse aos futuros pastores que eles não seriam amados nas igrejas que fosses pastorear, porque o seu salário abocaria uma fatia da arrecadação da igreja, e esse dinheiro seria melhor se ficasse na conta bancária da igreja, rendendo o prazer de relatar aos concílios os valores aplicados nas agências bancárias. Uma matéria a mais seria interessante para esclarecer aos futuros pastores que eles serão como os técnicos de futebol, não no que diz respeito ao salário, nem aos contratos, mas quanto aos resultados, ou seja, se não produzir (sozinho) ele será descartado, pois "gente desempregada" tem muitos, e é só estalar os dedos que muitos aparecem, até para ganhar um pouco menos. Assim eles não se assustariam em ter que trabalhar sozinhos e ainda assim, serem demitidos por perderem duas seguidas.

...Mas, nunca estive tão desanimado com a igreja...


Mas se ainda me permitem, gostaria de indicar somente mais uma matéria. Uma que nos deixasse como "calos" endurecidos, sem sensibilidade, quem sabe uma disciplina que nos tirasse o coração de carne, e implantasse um "chip", daqueles liga-desliga, apaga, deleta. Desta forma pastores enfartariam menos, chorariam menos, sofreriam menos, desanimariam menos.

...Mas, nunca estive tão desanimado com a igreja...


Acho que a culpa é minha mesmo. Nunca meus professores disseram que eu deveria ter esperança, que eu deveria confiar na igreja, que eu seria amado e respeitado só por ser um pastor. O que é ser um pastor?! Ser pastor... é ser nada! A culpa é minha mesmo. Eu é que me iludi com aquilo que ninguém disse que aconteceria, foi somente coisa da minha cabeça, por isso estou sofrendo agora. Quem sabe chegou meu tempo. O tempo de eu entrar em minha caverna pessoal como Davi, como Elias, e esperar a morte chegar. Ela é o fim, talvez um novo começo.

Ah como eu almejo esta nova terra.


O amanhã não me pertence...Mas, nunca estive tão desanimado com a igreja...
Se você está lendo estas palavra, queria te dizer, não perca seu tempo. É apenas um desabafo. Pastor não tem com quem falar mesmo, ele sofre sozinho. Às vezes não desabafa com a família para não faze-la sofrer, e não desabafa com a igreja, porque ela é a sepultura de muitos deles, assim, a gente tem medo.

Só quero entrar em minha caverna e chorar. chorar na minha velhice por acreditar tanto, por sonhar tanto, por sofrer tanto...

Essa é minha caverna, por favor, deixe-me sozinho. Como sempre estive no ministério, terminarei os meus dias...sozinho, sonhando...

...Mas, nunca estive tão desanimado com a igreja...


Desculpe, não posso escrever meu nome. Não posso demonstrar tristeza, desânimo, lágrimas. A igreja não quer homens, ela quer "super heróis", e, para eles eu sou um. Assim, não posso mostrar minha verdadeira identidade, senão eles me dispensam.

Um pastor, velho, sonhador”.


Postado pelo Rev. Alexandre Ferreira Pevidor em 25 maio 2009
Blog do Rev. Alexandre Ferreira Pevidor

http://presbiterianos.ning.com/profiles/blogs/estou-desanimado-com-a-igreja
Extraído do “Orkut” dos Presbiterianos On-Line

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“Agora dou meu pitaco:

Pois é gente... e eu que também pensava que estava sozinho nessa decepção...


Com a "igreja, Instituição dos homens", cheia de donos. Que oram a Deus, mas "trançam seus pauzinhos" e depois dizem que Deus fez o melhor... Homens que não levam Deus a sério e se mancomunam com grupos secretos e obscuros. Com esta eu não estou desanimado, estou sim, sem qualquer esperança.


Porém com a Igreja - Corpo de Cristo, Triunfante, e que nunca recua, mas só avança contra as portas do inferno. Que nunca negocia conveniências com as trevas. Esta sim nunca me desanimou nem desapontou. É ao Senhor desta Igreja, com I maiúsculo a quem sirvo e nunca me desamparou. Aleluia!

Abraços,
Caleb